(...)
A solidão do poeta
é ter a humanidade
inteira, no seu peito.
Sobre o berço de seu filho
chora a inocência
que o novo ser perderá
- a inocência primordial
que perdemos, ao ingressar
na noite escura da alma
do mundo dos adultos.
O coração do poeta
Abre as portas para tudo.
II
O poeta se debate no conflito
entre o desejo e a palavra.
Renunciaria ao corpo,
ou, desesperado de esperança,
com lascívia e furor abraçaria
a memória do prazer?
A quem mais
Daria voz?
À textura essencial da pele,
ou ao texto mudo
da fala gaga e impotente?
as velhas palavras de sempre,
ou a selvagem vertigem da carne?
(...)
_____
Nikos Kazantzakis
"barbaro"
ResponderExcluirSoh Quem sente (entende)
Sds.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLady...
ResponderExcluirEntre a palavra e o desejo, existe a selvagem vertigem da carne...
cade minha poetiza eleita?
ResponderExcluirsaudade!