quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Aflição a Flor da Pele




Uma lágrima oculta
Inclausurada dentro da alma
Imperceptível aos olhos de quem ver
Transparente nos olhos de quem sente

Aflição a flor da pele
Marcas eternas, profundas...
Dor f-u-l-g-u-r-a-n-t-e
Dor t-e-n-e-b-r-a-n-t-e

Sensações extremas de dor&prazer
Espasmos sórdidos de loucura
Um êxtase frenético repetitivo
Aflição a flor da pele

Dor sem causa
Lágrimas internas, risos fáceis
Riscos coloridos e/ou monocromáticos
Retratos e seus significados

Um ato, um alívio...
Feridas que saram
Riscos que ficam
Aflição a flor da pele



_________

autoria: Lady.6.4.3
dedicado à Tatiana (Negra Noite)
http://reflexosi-d-e-c-i-f-r-a-v-e-i-s.blogspot.com


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sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Incógnita









Escondo-me em palavras
Me faço em versos
{Re}invento-me para sobreviver...






Ignoro a relidade
Vejo o infinito
Só assim consigo {eu} ser






Falo línguas estranhas
Os anjos me entendem!
Sou o 'x' dos 'por quês'...






Temo o Calvário
Fujo do Paraíso
Crucificada... eu vivo a morrer!



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autoria: Lady643
©Todos Os Direitos Reservados.
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terça-feira, 28 de julho de 2009

Sede de Liberdade




Sinto-me como num casulo. Sinto-me enclausurada nos limites do meu corpo, lutando para manter-me firme e lúcida como devo ser, como exigem que eu seja. Sinto-me obrigada a andar por um caminho já traçado, sinto-me exaustivamente debilitada, como se minhas pernas já não agüentassem mais o peso de minh'alma, que tão sedenta de liberdade absorve toda oportunidade que tem de se ver além das fronteiras. Densa, tão densa que chega a tornar-se um ser distinto de mim, minh'alma clama por liberdade. Transforma meu corpo num cárcere que me tortura a todo o momento, por não me dar a chance de romper os limites de mim. Transforma minha mente num turbilhão de angústias e dúvidas, uma vez que almejo romper um limite imposto por mim mesma. Meu corpo. Somente meu. Que faço para transpor esse tão natural obstáculo que ao passar dos dias se torna cada vez mais sufocante para a minha alma? Ela só quer sair, ela só quer viver...



É tudo tão paradoxal, sentir meu corpo pequeno para tamanha necessidade de liberdade e ao mesmo tempo sentir-me grande diante do mundo que me deparo, ao qual quero entregar-me como se não fosse de ninguém, como se ninguém de mim fosse. Olho para mim e não enxergo nada, senão um pedaço de carne feito gente cujos olhos transbordam de carência... Carência de vida, carência de verdade. Meus olhos são o único veículo que minh'alma encontrou para se expressar, sendo para uns apenas meios de enxergar, sendo para mim uma maneira de extraviar a dor que sinto por deles não ir além, por serem eles tudo quanto posso sentir. São meus olhos meu elo com a minha infindável e insaciável alma, que transmite seus desejos de liberdade por olhares que vão além do que se vê, percorrem aquela linha de concreto e viajam pelo que só é possível imaginar.




Chegará o dia em que serei só o que sinto. Terei, não com meus olhos, não com minhas pernas, mas sim com o meu coração, com a minh'alma, tudo aquilo que de longe quis e não pude ter. Sentirei, não na carne, não na pele, mas no âmago de mim, meus mais profundos e verdadeiros anseios. Serei livre, tão livre que levarei comigo o mundo que existe e aquele que invento para sobreviver. Não haverá fronteiras. Ultrapassá-las-ei. Chegará o dia em que tudo será pequeno para mim, em que me verei sem limites para nada, tão sem limites como o tempo. Estarei difusa à ele. Então terei a certeza de que fui somente aquilo que senti.




'Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome'
[Clarice Lispector]



*Texto: Larissa Jorge



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quinta-feira, 9 de julho de 2009

A Solidão do Poeta...










(...)


A solidão do poeta
é ter a humanidade
inteira, no seu peito.
Sobre o berço de seu filho
chora a inocência

que o novo ser perderá
- a inocência primordial
que perdemos, ao ingressar
na noite escura da alma
do mundo dos adultos.

O coração do poeta
Abre as portas para tudo.

II

O poeta se debate no conflito
entre o desejo e a palavra.
Renunciaria ao corpo,
ou, desesperado de esperança,
com lascívia e furor abraçaria
a memória do prazer?
A quem mais
Daria voz?
À textura essencial da pele,
ou ao texto mudo
da fala gaga e impotente?

A quem mais amaria?
as velhas palavras de sempre,
ou a selvagem vertigem da carne?

(...)


_____
Nikos Kazantzakis
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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Anseios






Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?

Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha que cais!







Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?

Tuas lindas quimeras irreais
Não valem o prazer duma saudade!







Tu chamas ao meu seio, negra prisão!…







Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbres o brilho do luar!







Não ´stendas tuas asas para o longe…







Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar!





________

{autoria: Florbela Espanca}








*Florbela Espanca: ela vive falando por mim... =/
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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Altas horas da noite...






Altas horas da noite
Aqui estou sentada,
Sem pensar em nada.
Coração sufocado
Sem espaço pra mim.





Altas horas da noite
Eu aqui bebendo,
Pensando no que passou
Dou altas gargalhadas
Pra enganar meu ego.





Altas horas da noite
Não sei por quem espero.
Sem querer eu choro mais!
O vazio ao meu redor
Diz quanta falta você me faz.



_______

autoria: Lady643
©Todos Os Direitos Reservados.
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sábado, 6 de junho de 2009

Meus Mistérios...




(...)


Os meus mistérios...

Não os decifram ninguém

São segredos eternos

Nem céu, nem inferno
É algo mais além...




Os meus desejos...

Isso sim é profano!

Loucuras, devaneios...
Meu coração inteiro
Eu comparo ao oceano:




Infinito e grandioso...

Inconstante, misterioso...

Tão cheio de segredos...





Nem concreto, nem asbtrato

Não dá p'ra compará-lo!

Só sei que é traiçoeiro...





______

autoria: Lady643
©Todos Os Direitos Reservados.
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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Confesso que vivi...



...Saudades é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca, é ver o que não existe mais... Saudades é o inferno dos que perderam, é a dor dos que ficaram para trás, é o gosto da morte na boca dos que continuam... só uma pessoa no mundo deseja sentir saudades, aquela que nunca amou. E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver. O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido. E disso, eu não posso ser acusada: vivi, sofri, me apaixonei. Tudo que a vida me ofereceu, confesso que vivi!!!

_______

{autoria: Pablo Neruda}
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quarta-feira, 6 de maio de 2009

... E Tudo Passou.






...E tudo passou.
Não sei como dizer, mas o inexplicável acontece...
Aconteceu!... E tudo passou.




Minhas mãos, tuas mãos...
Teu olhar, minhas lágrimas...
Mesmo destino... Caminhos diferentes [?]




E tudo passou...
Como tudo passa.
As marcas ficam. Lembranças que o tempo não apaga.




E tudo passou.
Foi tão importante! A vida é tão breve...
Eu cresci sem querer crescer.




Você se foi; Eu fiquei...
E tudo passou!
Coisas que não se esquece...




______

autoria: L.a.d.y.643
Em: 06.05.09




*Hoje é o níver da minha querida e falecida Mãe.
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quarta-feira, 8 de abril de 2009

A sombra que ficou...






Sentir a dor que sinto, em tal intensidade,
É não saber descrever{sobreviver}. É apenas ter
a alma dilacerada.






{saudade.dor.vazio.solidão}







Sentimentos que nos fazem pensar em desistir...
Não sei onde{como} me perdi.
Talvez eu esteja aqui, em algum lugar dentro de mim
Onde ja não sei me encontrar{procurar}







Tua falta... sim, como fazes falta!
Levaste o meu ar. Não sinto em mim o pulsar d'antes.
Não me sinto mais em mim.



Sei que
me levaste consigo e que, talvez,
Possamos estar felizes, numa estranha sintonia{dimensão}.
O nosso amor é infinito...







{ilimidato.imensurável.indescritível}







Desconhecida é a imensurável dimensão do que sentimos
{ou do que nos separa}
Existe uma forte ligação...



Porém, longe do seu olhar, me sinto perdida.
Lamentando a sombra que ficou:
Lembrança... apenas lembrança {e muita dor}.


______

autoria: L.a.d.y.643
Em: 08.04.09






à véspera da data do 3º ano da fatalidade
- erro grave do destino -
{como queria não ver esse dia chegar}
- ELA levou minha luz porque a luz era ELA:
minha Mãe Querida.







________


"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."

{Florbela Espanca}

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domingo, 5 de abril de 2009

Sem Máscara





Há algo nele que despe minhas vergonhas






que afugenta meus pudores

que descerra minhas v.o.n.t.a.d.e.s






algo que me permite me autoriza me incita

Nele sou uma redução ao simples cru nu essencial






Nele sou sem máscara sem alegorias e adereços sem camuflagem

Nele posso ser lama dama cama drama santa e puta





Nele posso mostrar o que me envergonha o que dói o que é chaga






E ele não ri ele não repugna não enoja

não diverte Ao contrário ..









Ele lambe minhas feridas

E tira esse gosto eterno de partidas..








{autoria: negranoite}






- Obrigada NegraNoite amiga!

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Fetiches



Fetiches


Dái-me a tua disciplina
Sobre meu corpo despido.
Faz do castigo minha sina
Pois a dor gera a libido.

A angústia pela saciedade
Revela o meu instinto...
Deixo minhas vontades
Sob o teu domínio...

E nesse jogo de poder
Me entrego de verdade,
Entre gritos de prazer,
Vou além da liberdade.

Na minha boca uma mordaça,
Nas tuas mãos uma detenta...
Em devaneios crio asas
Presa nestas algemas.


{autoria: Lady643}



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terça-feira, 31 de março de 2009

Pincel de Sonhos



Pincel de Sonhos


Hoje parei para pensar... pensar na minha vida
Detalhar meus gestos e atitudes no passado.
Anos, meses, até os minutos que já passou no dia;
Observei tudo que fiz, minuciosamente analizado...


Tantas coisas boas na vida aproveitei...
Mas isso não faz de mim, hoje, conformada.
O que me incomoda é que pude perceber
Quantas oportunidades foram desperdiçadas!


Quantas alegrias que findaram em pranto
Quantas lágrimas removidas num sorriso
Quantos sonhos não vividos - Ó quantos... quantos!


Foi com pincel de sonhos que escrevi minha vida
E hoje, com lágrimas de sangue, estou apagando...
Pois encontrei-me escondida nos espaços em branco.



{autoria: Lady643}



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quarta-feira, 25 de março de 2009

Vinhos & Poesias...



Vinhos e Poesias


Hoje a angústia visitou-me
visita rotineira...
em seus abraços nostáugicos
entreguei-me...


Traguei...
Mergulhei a cada gole de saudade.
Sozinha... à solidão brindei!


Solidão...
Posso senti-la aqui comigo,
Mesmo sem estar só, de fato...
Solidão é o meu estado de espírito.


Velhas companhias...
Vinhos e poesias...
Ah! Meu jeito decadente de ser!


Angústia, saudade, solidão...
Estais de fato em mim ou não?
Ou sou eu quem faço parte de vocês?


{autoria: Lady643}



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.



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segunda-feira, 23 de março de 2009

Sede infinita...




Ah! Esta minha sede infinita de palavras...
Pudera eu descrever toda minh'alma...
Reunir todos os 'eus' num so escrito...

Meus versos seriam EU por todos os cantos
Se eu soubesse grafar, sorrindo, os meus sonhos.
Se eu pudesse dizer, chorando, o que sinto.


{autoria: Lady643}



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domingo, 22 de março de 2009

Anjo Caído



Anjo Caído


Caminhando sem direção
Onde a leve brisa me acalentava
Vi adiante uma aparição
Um negro anjo me condenava

Recitou-me em voz grave
Maus dizeres e encantamentos...
Nos seus olhos de fogo eu vi
O meu passado e meus sofrimentos

O negro anjo, em seu furor,
Aproximou-se e disse enraivecido:
'Maldita sejas!' E me tocou...
'És agora o Anjo Caído!'

Contrariado por não mais ser O Escolhido
Retirou-se sem olhar atrás
Ganhei negras asas, fui ao infinito...
Meu corpo agora na terra jaz.

Percorri o mundo, percorri o mar;
Tenho lágrimas de sangue e um punhal.
Protejo os que souberam me amar;
Vingo os que me fizeram o mal.

Enfeiticei crianças sem causar-lhes danos.
Fartei-me de tanto fazer maldades;
Abri os meus olhos tomada de espanto
Então acordei sobre a minha lápide...


{autoria: Lady643}



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segunda-feira, 9 de março de 2009

Pobre Criança Órfão



Ela acordou assustada.
Era alta madrugada,
Levantou devagarinho.



Sentou-se na escada,
Em frente a sala,
Ficou chorando baixinho.



Ela já não entendia.
Sentia isso a poucos dias,
Mas não sabia a verdade...



Seu pequeno coração,
Tão pequenino então,
Ja sentia saudade...



Ela não aguentava mais!
Onde estavam seus pais?
Será que a haviam esquecido?



Pobre criança, sem entender...
Só com o tempo irá saber
Que eles haviam morrido.


{autoria: Lady643}



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quarta-feira, 4 de março de 2009

Coruja Solitária




Na estrada sem fim, onde a solidão é meu guia,
Minhas lágrimas regam o caminho que passo;
Sigo de rosto molhado pela noite fria
Carregando a dor e o luto como eterno fardo.



O meu abraço... já não há nele mais calor
Pela intensa friagem das noites solitárias;
As desilusões tirou dos meus lábios o sabor
Que pertenceu aos amores que ficou na estrada.



Não há esperança em meu negro coração
Onde as curvas do tempo tantas vezes ensinaram...
Aprendi com tragédias a mais triste lição:
Nasci para seguir só, todos me deixaram!



Andar só na escuridão deste vago caminho
É como ter-se sede, submersa em muita água.
Tenho asas para voar, sou livre, mas não tenhu ninho...
O destino fez de mim uma coruja solitária.


{autoria: Lady643}



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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

2009 chegou...


2009 chegou...
Quero que ele traga forças para manter a esperança;
Que conserve o sorriso que as vezes se desfaz;
Que possa cicatrizar as feridas q insistem em ficar no meu corpo e na minha alma;
Que o silêncio possa dar lugar a algumas risadas, de vez em quando;
Que possa rolar algumas lágrimas de alegria e não so de tristeza...
Que a saudade possa ser algo possivel de resolver;
Que as amizades sejam para sempre;
Que o amor não seja apenas uma utopia;
Que a vida não seja longa e sim bem vivida por mais breve que for...



{Lady643}



Saudações... perdão pela demora em atualizar meu blog. Tirei férias em janeiro e passei o mês viajando... Agora estou de volta!


Ass.: uma indigente.
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